quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Brincando

o papel vou rabiscando,
e assim eu vou pensando,
no que quero escrever...

a caneta escorregando,
eu ainda estou tentando,
pensar em algo pra dizer...

o papel tão convidativo,
e meu pensamento subjetivo,
não é preciso prática...
parece algo cognitivo,

vai surgindo como mágica,
o desenho das palavras
como algo intuitivo.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Reflexões

Eu fico tanto tempo só...
penso tanto em mim mesmo,
que já me conheço mais do que gostaria.

Uma canção sempre me acompanha,
oras um livro ou coisa qualquer...
quando de repente pego minha guitarra quebrada,
e começo a dedilhar com você no pensamento.

E todas as frases que começam a sair são suas,
assim como todos meus pensamentos são seus.

É bom ficar sozinho porque desprendo-me de tudo,
e assim posso deixar fluir minhas emoçoes,
e falar contigo com a linguagem dos corações...

É bom ficar sozinho porque ninguém ouve o que digo,
e assim ninguém me julga, e nem tenta me machucar,
com palavras e atitudes sórdidas...
dignas de pessoas que obviamente não sabem amar.

Eu suponho que você também não me entenda,
assim como todas as pessoas...talvez ache-me louco...
assim como todas as pessoas...
Mas se algum dia ler o que escrevo, ou escutar o que toco,
talvez consiga perceber que sou mais lúcido que você,
e que simplesmente não pertencemos ao mesmo lugar.

Eu poderia chorar por você, morrer por você, e ainda sim,
você não entenderia a mensagem que quero passar...
Eu poderia viver por você, mentir por você, e ainda sim...
você ficaria confusa e não entenderia o que eu sinto.

Por isso mesmo fico sozinho,
falando apenas comigo...
vivendo apenas no meu mundo,
e extravasando em poesia...


Hugo Roberto Bher

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Coisas de Poeta - I

Certa vez disse-me um poeta,
que o amor dói tanto...
quanto a capacidade de amar.

Que sofre muito mais quem ama tanto,
do que aquele que tem pouco amor pra dar.

Quem vê o belo da vida,
precisa mais ainda ser amado.
Quem se conforma com pouco amor,
é quem sempre provou o amargo.

Por isso é sempre o poeta,
um eterno amante inconformado...



Hugo Roberto Bher