sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Do que me Lembro

Dizem que a vida é feita de momentos...
mas é mesma feita de lembranças.
As memórias são o verdadeiro acalento,
depois das tempestade a bonança...

Simplesmente porque o momento tem fim,
mas a força que ele representa...
definirá quanto tempo ficará em mim...
ás vezes o peito não aguenta...

toda a força que tem a saudade...
quando sobe pela boca e quer fugir,
pra buscar novamente a felicidade,
ou novas lembranças construir...

É quando com toda forca que tenho,
consigo me lembrar daquele tempo...
tempo que passa como o vento,
as imagens que em mim mantenho...

quando olhava-me com carinho,
cheio de mistério no seu rosto
quando eu tinha você no meu caminho,
da tua boca ainda sinto o gosto...!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Uma Carta de Desamor...


Fale-me da dor que sentes,
diz-me, que te ajudarei,
nem me importo se mentes,
ao seu lado, sempre estarei.

Fale-me dos seus medos,
acredite, eu não vou embora...
me conte seus segredos,
estou aqui, sempre e agora.

Conte-me seu passado,
podes chorar se quiser,
acho que te tenho amado,
serei pra ti o melhor que puder.

Diz-me o que pensas do futuro,
poderei estar junto, contigo...
não te deixarei no escuro,
nem que corra, nenhum perigo...

e sobre o seu medo de amar,
o seu fôlego eu serei,
caso tu percas o ar...
e de você eu cuidarei.

Se quiser apenas olhar pra mim,
pois sabes que teus olhos sei ler...
teu universo de mistério sem fim,
onde tudo pode acontecer.

Mas se quiser que eu me vá,
Não importa o que aconteça,
para bem longe irei,
só não me peça que te esqueça...
em pensamento, contigo,
algum tempo ficarei!!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Coisas de Poeta III

Eu sempre quis amar assim,
com o coração apertado...
sentindo-me também amado...
correndo para beijos apaixonados

mas penso que não posso sentir,
maldito seja quem fez-me assim...
não sei se um dia amarei,
tal como dizes que amas a mim.

Também não posso saber, nem medir,
o tamanho do que dizes que sentes
pois aprendi a verdade tão cedo,
que mesmo sem falar as pessoas mentem

Eu sempre quis um amor assim,
com suas metáforas exageradas
tal como falam os poetas
em seus poemas, com pieguisse demasiada

Eu sempre quis amar assim,
para os mesmos olhos, todos os dias olhar,
descobrir os defeitos da pessoa amada,
e mesmo assim nunca deixar de amar

Eu sempre quis me sentir assim
quando dizem que amores não se entendem
que amores simplesmente são sentidos
parece que para mim todos mentem...

Eu sempre quis amar assim
mas acho que sou tão quebrado,
como você já deve ter percebido
não conseguirei ser aquele abrigo
mas penso que sou melhor assim!!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ainda Saudades...


A saudade ainda machuca tanto...
o tempo leva parte da dor no peito,
mas também nos distancia,
levando algumas memórias...

Era doce quando via-te todos os dias,
quando com suas mãos tocava-me,
transbordando todo seu carinho.

Tu sabes que meu maior milagre,
foi ter vivido ao seu lado...
com seus olhos velando meus passos...
com seu sol iluminando minhas noites

E como eu queria que deus ouvisse-me,
e concedesse-me apenas mais uma vez...
aquele seu abraço, o meu eterno manto.

Hoje ouço sua voz na música,
vejo seu rosto nas palavras,
os teus olhos nas estrelas...
sinto seu abraço na brisa da noite...
e seu cheiro nos jasmins...

Eu gosto de pensar que ainda me ama,
e que ainda assiste meu caminhar...
que está na mão amiga de que me consola,
e naquele alívio que sinto depois da dor...
ou no sol que nasce, depois do longo breu

Mãe, eu não sei rezar...
apenas tento escrever-te
mas seu amor, e as saudades que sinto
são as únicas coisas no meu mundo...
que não consigo expressar em palavras...


Hugo Roberto Bher

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Piegas


Das coisas mais simples e belas da terra,
é para o teu rosto que presto-me a olhar.

E de todas os sons e poemas das águas,
é a tua voz que faz-se pra mim,
a melodia que inspira minhas canções.

De todas as libidos que incitam o pecado,
teu cheiro é que embriaga-me todos os sentidos
fazendo-me, oras fora de mim, simplesmente
olhar teu corpo e pensar em como satisfazer-te.

E todas as rimas que aprendi a cantar,
falham ao tentar descrever com precisão,
a perfeição da tua forma assimétrica.

Confunde-me a razão o brilho dos teus olhos,
que fazem-me olhar para dentro de mim mesmo,
toda vez que tento desvendar-te um pouco mais.

Talvez por isso eu apegue-me,
à todas as coisas da imaginação...
a tudo que faz-se abstrato e ininteligível,
para entender como causas em mim
tamanho fascínio e admiração.


Hugo Roberto Bher

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

As Coisas e Eu


O relógio quebrado,
...tem muito a ver comigo...
tal como ele, parado no tempo,
vivo todas as noites no meu quarto,
as lembranças do teu corpo,
meu eterno abrigo.

O pássaro ferido,
...tem muito a ver comigo...
que nasceu para voar bem alto,
mas está olhando a todos do chão,
seu pior castigo.

Aquela estrela distante no céu
...também tem a ver comigo...
que brilha tanto quanto pode,
mas quando poderia alcançar teus olhos,
você está dormindo.

Aquele palhaço que chora, adivinha...
...tem muito a ver comigo...
que tenta agradar a todos no seu circo,
mas depois sente o vazio, por não poder,
simplesmente estar contigo.

A espada do guerreiro
...tem muito a ver comigo...
que na luta pela paz ou glória,
move-se com maestria na batalha, mas traz,
muito sangue consigo.

mas o cajado do pastor,
...também tem a ver comigo...
que é usado para guiar o seu rebanho,
mas também pode virar arma, e num lampejo,
ferir o inimigo.


Hugo Roberto Bher.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Coisas de Poeta II


Tão frio dentro do meu quarto...
Tão frio dentro de mim mesmo.
Tão sozinho apenas comigo
Pensando em um mundo que não é meu,
Em um mundo ao qual não pertenço.

Sem saber pra onde ir e como agir...
carregando no peito o peso de um grande vazio.
Tentando suprimir a solidão para que ela não me mate,
buscando em vão que as pessoas me entendam

Pedindo para que a noite não acabe...
Para que o sol não machuque meus olhos,
Porque o calor do dia não aquece minh’alma...
Porque a luz do sol não afasta minhas sombras,
Porque sou poeta do escuro, e assim vejo melhor.

Sou amante do cinza, pois as cores me confundem...
Sou amante da noite, pois ela equipara tudo...
Deixando tudo negro, como sou por dentro,
Fazendo-me sentir mais verdadeiro e sem medo.

Antes de a Aurora anunciar o amanhecer,
Sinto-me mais próximo de casa,
Onde não preciso esconder meu vazio...
Tão grande que poderia assustar as pessoas desse mundo.

Sou poeta da noite porque falo das dores,
Muito mais do que dos amores...
Pois as dores duram mais tempo,
E crescem na mesma proporção do quanto se amou um dia.

Sou poeta da alma, porque o corpo não diz tudo...
Sou poeta dos olhos, porque a boca mente...
Sou poeta das mãos abertas, que acariciam o rosto,
Porque os punhos cerrados machucam quem não merece.
Sou poeta dos sonhos, porque no mundo real eu não posso voar.

Sou poeta da morte, porque a vida é sua escrava e sua amante,
correndo lentamente ao seu encontro, a cada segundo do dia.


Hugo Roberto Bher

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Brincando

o papel vou rabiscando,
e assim eu vou pensando,
no que quero escrever...

a caneta escorregando,
eu ainda estou tentando,
pensar em algo pra dizer...

o papel tão convidativo,
e meu pensamento subjetivo,
não é preciso prática...
parece algo cognitivo,

vai surgindo como mágica,
o desenho das palavras
como algo intuitivo.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Reflexões

Eu fico tanto tempo só...
penso tanto em mim mesmo,
que já me conheço mais do que gostaria.

Uma canção sempre me acompanha,
oras um livro ou coisa qualquer...
quando de repente pego minha guitarra quebrada,
e começo a dedilhar com você no pensamento.

E todas as frases que começam a sair são suas,
assim como todos meus pensamentos são seus.

É bom ficar sozinho porque desprendo-me de tudo,
e assim posso deixar fluir minhas emoçoes,
e falar contigo com a linguagem dos corações...

É bom ficar sozinho porque ninguém ouve o que digo,
e assim ninguém me julga, e nem tenta me machucar,
com palavras e atitudes sórdidas...
dignas de pessoas que obviamente não sabem amar.

Eu suponho que você também não me entenda,
assim como todas as pessoas...talvez ache-me louco...
assim como todas as pessoas...
Mas se algum dia ler o que escrevo, ou escutar o que toco,
talvez consiga perceber que sou mais lúcido que você,
e que simplesmente não pertencemos ao mesmo lugar.

Eu poderia chorar por você, morrer por você, e ainda sim,
você não entenderia a mensagem que quero passar...
Eu poderia viver por você, mentir por você, e ainda sim...
você ficaria confusa e não entenderia o que eu sinto.

Por isso mesmo fico sozinho,
falando apenas comigo...
vivendo apenas no meu mundo,
e extravasando em poesia...


Hugo Roberto Bher

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Coisas de Poeta - I

Certa vez disse-me um poeta,
que o amor dói tanto...
quanto a capacidade de amar.

Que sofre muito mais quem ama tanto,
do que aquele que tem pouco amor pra dar.

Quem vê o belo da vida,
precisa mais ainda ser amado.
Quem se conforma com pouco amor,
é quem sempre provou o amargo.

Por isso é sempre o poeta,
um eterno amante inconformado...



Hugo Roberto Bher

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Era uma vez...




Era uma vez um menino, que caiu do colo do Pai.

O Pai olhou para o filho caído, mas pensou que seria muito trabalho curvar suas costas e abaixar-se para levantá-lo.

O Pai muito poderoso que era logo pensou que poderia ter outros filhos, e que não precisaria dar-se o trabalho de ocupar-se com aquele que caiu dos seus braços, quando brincava com sua enorme barba grisalha.

O menino ferido olhou para o alto, vendo seu grande Pai virar-lhe as costas.

Seu corpo ferido pela queda não doía tanto quando a sensação estranha que surgia no seu peito. Nunca havia sentido aquilo, pois sempre vivera no paraíso.

Seus olhos fecharam-se em pranto, enquanto seu peito era apertado por algo desconhecido, uma angústia, uma aflição terrível.

Por muito tempo ficou sozinho, chorando no escuro, gritando silenciosamente por ajuda. Mas no fundo sabia que havia sido esquecido, e apenas queria entender o que havia feito de tão errado.

Foi quando um anjo do céu compadeceu-se da situação do menino, porém não podia tentar persuadir o grande Pai a levantá-lo do chão.

Mas quando olhou para os olhos da criança, pensou que não podia permanecer no paraíso, bebendo das mais frescas águas e alimentando-se das mais saborosas frutas, enquanto alguém sofria tanto, sem nada fazer para tal expiação merecer.

A despeito do medo de talvez não poder mais voltar, desceu até o menino para resgatá-lo, e logo percebeu que no momento em que jogou-se do alto, perdeu a sua graça de anjo, não obstante, continuou com determinação.

O menino sentiu alguém colocando as mãos sob sua cabeça e amparando-lhe num colo cheirando a jasmim. Abriu os olhos e viu uma linda mulher abraçando-lhe.

A partir daí, criou-se um amor fraterno incondicional, entre mãe e filho.

Enquanto o menino era pequeno, a mãe cuidou de toda a manutenção de seus proventos e de sua educação.

Percebeu que conforme o filho crescia, tornando-se um virtuoso homem física e moralmente, também ficava mais evidente toda a revolta que tinha em seu âmago pelo descaso de seu Pai.

Mas sabia que apenas o amor pode combater o ódio, e assim, aquele anjo amou tanto aquela criança, que poucas coisas no mundo poderiam ser mais belas que aquele sentimento.

O menino tornou-se homem. Um grande sábio e guerreiro.

Vivendo em épocas de grandes tormentos, livrou muitos povos da opressão avassaladora e era visto por muitos como realmente um soldado de Deus.

Seu Pai começou a prestar atenção naquele homem que era tão bem visto e logo percebeu que tratava de seu filho caído e só então percebeu que um anjo faltara em seu paraíso.

A princípio ficou com muita raiva por aquele anjo ter agido sem consultar-lhe, mas depois começou a perceber que o erro cometido em não ter buscado o menino quando este caíra, não foi de fato um erro, mas sim um mecanismo de sua imensa sabedoria e que tudo estava certo.

Decidiu usar isto a seu favor.

Certo dia o menino, agora crescido, lavava-se à beira de um riacho, quando ouve uma voz deveras familiar chamando-lhe:

- Filho meu, vejo que grande homem tornou-se.

Quando percebeu de quem se tratava, sentiu uma enorme sensação de raiva vindo-lhe ao peito...

- Não chame a mim de filho, pois não tenho pai há muito tempo. Viraste-me as costas de deixaste-me para morrer sozinho.

- Filho meu, veja como tudo acontece certo por caminhos errados, fale em meu nome, diga ao povo que age em meu favor, e faça-me bem visto por todas estas pessoas, que serás bem recompensado.

Com a ira tomando-lhe o corpo, o menino tentou atacar o homem que desaparecera na sua frente como num passe de mágica.

Foi correndo ter com sua mãe, que disse-lhe apenas para perdoar e buscar novamente a paz em seu coração; mas esta sabia que o menino não ia conseguir conceber isso, e até entendia.

O grande Pai sentado em seu trono de diamantes sentiu-se humilhado pelo filho, e só pensava em vingar-se para inflar ainda mais seu ego sem fim.

Depois de algum tempo, o menino e sua mãe, começaram a perceber que parecia que a vida estava conspirando contra eles. Começou a faltar-lhes tudo. As coisas não aconteciam mais como antes, por mais que lutassem.

Em pouco tempo sucumbiram às intempéries e foram abarrotados por uma miséria de origem certamente sobrenatural.

Numa manhã o menino chega a casa, com um pedaço de pão envelhecido e uma pasta de doces que ganhara como pagamento de algum trabalho realizado, quando viu sua querida mãe sendo levada por um ser não físico, que sobrevoava o seu corpo. Reconheceu apenas a barba grisalha...saiu correndo em direção à sua mãe mas encontrou apenas aquele corpo já sem vida.

O menino caiu de joelhos e gritou para o alto:

- PAI, devolve meu anjo, devolve minha mãe...serei teu escravo se assim for preciso!

Ele apenas escuta uma voz:

- Ela nunca foi SEU anjo...e nunca será, nem nunca a verá novamente. Dedique sua vida inteira a mim, faça-me os maiores sacrifícios, adore-me, tema-me e talvez um dia eu possa deixar que a veja.

O menino agora não sabe mais a quem rezar. E também jamais aceitaria as condições estabelecidas. Era um guerreiro e tornar-se-ia o mais fortes dos Titãs, e derrubaria o céu se preciso, para pelo menos mais uma vez, abraçar o ser mais puros de todos os mundos...O anjo do coração...personificação de todo o amor que conheceu...a sua Mãe.

Era uma vez um menino, que caiu do colo do Pai...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Livro

Salve Salve Galera!!! depois de quase dois anos de trabalho, colocando coisas no papel e selecionando fragmentos de vários momentos...meu livro está publicado e a venda no seguinte link http://clubedeautores.com.br/backstage/my_books/28487

no momento o livro encontra-se disponível apenas para ser adquirido na loja virtual, devido a várias dificuldades de edição para um escritor independente.

O site é extremamente seguro e o exemplar tem sido recebido a contento por todos que têm adquirido...agradeço a todos que sempre me apoiaram nessa empreitada. Abs....



sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Poetas do Fim do Mundo!

♪♪

sou eu e é VOCÊ
nos conhecemos MUITO antes daqui
sou eu e somos NÓS
nós conhecemos muito além
dos NOSSOS sentidos

sou eu e somos NÓS,
os poetas do FIM DO MUNDO

na lucidez vemos a loucura...
no meio da dor nós vemos a força
estamos aqui, entre dois mundos
o real, e aquele que ninguém vê

sou eu e é VOCÊ
nem devíamos estar aqui
sou eu e somos NÓS
somos tão diferentes

nós cantamos as dores e as cores
nós cantamos temores e os amores
nós cantamos o fim dos tempos

sou eu e somos NÓS,
os poetas do FIM DO MUNDO

muitas vezes somos loucos
outras vezes bons amigos
mas isso tudo é muito pouco
somos incompreendidos

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ruínas

Recentemente perdi tanta coisa...
perdi pessoas, paixões, expectativas...
desmoronaram-se minhas fortalezas...
alguns ventos levaram para mais longe,
muitos de meus sonhos já distantes...

marcas terríveis foram deixadas em mim...
daquelas que levarão muito tempo,
para serem cicatrizadas.
O vazio tomou proporções imensas,
e as raízes da minha esperança
quase foram arrancadas do meu peito.

Se eu ainda encontrar forças,
para reconstruir meu castelo,
criarei fortalezas mais fortes...
altas e instransponíveis.

Meu único medo,
é de que você não possa entrar...
você que eu ainda não conheço...
você que talvez nem mesmo exista...
talvez eu deixe uma pequena porta,
com algumas trancas leves, porém,
muito bem observadas.

Tenho medo também,
de esquecer como se ama...
pois só tenho aprendido a esquecer...
esquecer e esquecer novamente...

esquecer para me manter vivo...
esquecer para não lembrar que meu amor,
foi jogado fora tantas vezes...

esquecer para acreditar que o que eu sinto,
valha alguma coisa para alguém algum dia...
esquecer para não deixar que a revolta me consuma,
e torne meu coração duro e gélido.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Até o Amanhecer

anju, fique mais um pouco,
deixe apenas amanhecer,
essa noite está tão fria
e eu não quero ficar só.

anju, tente me entender,
deixe apenas me explicar,
eu sempre erro tanto,
mas não quero ficar só.

por que voce faz isso?
se sabe que sou quebrado,
por que tenta me consertar?

se sabe que sou quebrado,
por que fazer assim,
por voce me apaixonar?

anju, voce não se afastou,
quando eu ainda era forte,
e podia resistir a isso,
a essa dor que machuca,
de dentro pra fora.

agora, fique mais um pouco,
deixe apenas amanhecer,
essa noite está tão fria
e eu não quero ficar só.

domingo, 8 de agosto de 2010

Frio


as noites que já eram longas,
agora não terão mais fim

já perdi tanto na minha vida,
como você pode se perder,
como pode tirar você de mim?

as noites que já eram frias,
agora o sol não vai nascer.

as músicas que já eram tristes,
agora presenciam as lágrimas...
que rolam pelo meu rosto,
salgam minha boca,
e tocam o chão.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Papai do Céu (Vídeo)

Achei bem bacana essa montagenzinha que uma pessoa fez com um poema meu....


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Meu poema nunca acaba...
minha vida é meu poema.
Meu poema nunca acaba...
espero que minha vida,
se acabe num poema.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Um olhar para você...

Eu posso até lutar,
mas são tantas sombras,
eu posso correr,
mas pareço ser tão lento.

Eu posso gritar,
mas você está tão longe
para poder me ouvir.

Das coisas mais belas
que devem existir no paraíso
você deve ser a mais linda.

Eu não posso ver,
porquê o paraíso não é pra mim.
Porquê eu seria uma rosa negra
nos imensos campos verdes,

e isso não seria certo.

Eu estou tão triste,
minha alma tão apagada,
que acho que você não consegue mais me ver.

Se tocasse em mim agora,
suas mãos ficariam negras,
pois você é um anjo de luz,
e eu um insistente pecador.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O Pesar do meu Sentir...

De que vale sentir, se tudo dói?
E se essa dor, a alma corrói,
Penso que todo sentimento destrói.

O sentir faz aflorar água dos olhos,
que queimam o rosto na mesma emoção...
Penso que o sentimento, deturpa a visão.
Se a lágrima escorre pelo rosto,
sinto o gosto salgado da minha expressão.

O adorar silencioso, do objeto de desejo,
está para a alma tal qual o veneno ao corpo,
que aos poucos debilita os sentidos,
e abre caminho para a morte, num lampejo.

O frenesi momentâneo do estar junto,
nunca faz-se uma paga justa,
pela melancolia que arrebata o outro dia,
quando no frio do meu quarto me pergunto,
quanto tempo levará, para novamente,
suprir essa minha mente insana,
desse doce ópio de loucura ardente.

C. Camargo

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Papai do Céu


Quando eu era bem pequeno,
Minha mãe sempre dizia,
Que lá no céu existia,
Um tal senhor Nazareno.

Quando o céu nublava,
E trovões e raios surgiam
Ela sempre me enganava,
Quando os pingos caíam,
Parece que o pai do céu chorava.

Quando o céu forte gritava,
O Senhor estava tão zangado
Que de pesar não se agüentava,
Por todos os nossos pecados.

Eu inocente acreditava,
Que nosso pai sempre nos olhava,
Que protegia e cuidava,
Que por nós, zelava e amava.

Mas comecei a questionar,
Quando eu me punha a orar,
Se ele era de repente surdo,
Ou se me ouvia e ficava mudo.

Depois pensei que eu não era digno,
De entender o tais desígnios,
De sua grande sabedoria e grandeza,
Por só trazer em minha vida, tristeza.

Quando eu era bem pequeno,
Minha mãe dizia,
Pra eu sempre agradecer...

Então eu de joelhos caio,
Oh meu grande pai do céu,
Senhor da complacência e do amor,

Agradeço a ti somente o que tenho,
Obrigado por toda essa DOR,
Obrigado pelo seu desdenho,

Oh meu grande pai do céu,
Obrigado por fazer da minha vida,
a ser sempre julgado por ti,

No seu banco um eterno Réu.
Obrigado por fazer a minha vida,
Ter um prazeroso gosto de féu.

terça-feira, 6 de julho de 2010

O canto das crianças mortas

Quando morre uma criança,
É quando a farsa vira sua dança,
Quando se tira sua esperança
Tomando-lhe a caneta e o papel.

Quando morre uma criança,
É quando arrumam sua lambança,
E quando roubam seus sonhos de natal
Quando não há mais o Noel...

Quando tiram seus brinquedos,
E colocam em suas pequenas mãos
Todo o peso dos seus medos
Quando as soltam de um colo,
E as deixam sozinhas pelo chão.

É quando deixam de lhes dar atenção,
Achando que já ficaram grandes,
E que não precisam da sua mão.

Quando morre uma criança,
É quando as fazem chorar sozinhas,
Quando lhe ferem o coração.
Quando as pessoas deixam de se amar
E não se tratam mais como irmãos.

É quando acabam com sua inocência,
Quando fazem com que cresçam,
Mesmo sem terem crescido,
Quando de uma mãe ou pai,
Choram de carência.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Meu Jardim Secreto


Coloco algumas músicas antes de dormir,
para que elas afastem os terríveis pesadelos...

Deito-me com um terrível pesar no meu peito, e não consigo descobrir de onde vem tudo isso.

Acordo no meio da noite, e percebo que o dia está claro lá fora. Essas incoerências nos sonhos já não me impressionam mais.

Quando abro minha porta, percebo que o dia está maravilhosamente claro e bonito, com sons criando uma perfeita harmonia, e mesmo assim eu ainda estava triste e nostálgico.

De repente olho para o fundo do quintal, e lá estava uma pequena cerca, de tijolos maltratados pelo tempo, coberto em partes com cercas vivas, e lá dentro uma névoa que me impedia de ver nitidamente além da cerca.

Algo me chamava para dentro, como se meu medo guiasse-me para aquele lugar cinzento.

Quando adentro o tal jardim, sinto todo o pesar dos meus sentimentos me envolvendo, como se realmente eu tivesse dentro do meu peito pesado, e se alguém tivesse comigo naquele momento, sentiria tudo o que sinto o tempo todo, toda a angústia, nostalgia, frio e tristeza.

Uma emoção terrível toma conta de mim, quando percebo que todas as plantas do jardim estavam secas, e todo o chão coberto de folhas quebradiças e úmidas.

Havia um poço antigo, mas estava seco, e sua alavanca quebrada. Eu não conseguia ver o céu daquele lugar.

Aos poucos comecei a reconhecer cada planta seca, cada árvore morta e cada folha no chão, como pedaços da minha vida, amigos, sonhos, planos, conquistas.

O poço tinha uma pequena peça de madeira rústica, com o entalhe da palavra "Esperança".

Recostei-me numa árvore, cujos galhos subiam ao céu além da neblina, sem que eu pudesse ver até onde chegavam. Porém ao encostar-me, parte da árvore se quebrou como se estivesse apodrecida pela umidade e pelo tempo, e imediatamente ouvi um sussurro, dizendo-me ..."essa é sua "força" ..."

Começa a chover torrencialmente no meu jardim. Os pingos eram tão fortes, que me fizeram cair de joelhos para proteger meu rosto.

Quanto mais eu chorava, mais água caía do céu, e então percebi que essas eram as lágrimas contidas, aquelas que não caem dos meus olhos, as que guardo num lugar secreto.

A chuva vai ficando mais amena, eu mesmo vou ficando mais calmo. Tudo que eu queria naquele momento aconteceu:
Senti uma mão puxando-me...eis que vejo um anjo, vestida de branco e caminhando pelo jardim como se nada pudesse afetá-la.

Levou-me para um local no jardim, onde um muro tão alto quando o céu fazia os fundos daquele sinistro lugar.

Ela me mostra uma pequena rosa branca, brilhando como se emanasse luz própria, em meio a todas as folhas e restos de folhagens mortas daquele chão.

Meu anjo apenas disse-me: - Você precisa cuidar dessa rosa. Vá até o poço e traga água pura e fresca para que ela cresça e fique ainda mais bela.

Eu corro até o poço quebrado, mas agora, para minha surpresa, ele está em melhores condições que antes, ainda surrado, mas aos poucos pude girar a alavanca e trazer um pouco de água para a superfície.

Corro para meu destino, e encontro apenas a Rosa...o anjo desapareceu.

Olho para a Rosa, contemplo seu brilho...rego com cuidado, e depois...

Eu acordo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Este dia!

Esse dia sempre volta,
você não se despediu
mas também nunca mentiu
e essa dor me revolta.

Agora vou trancar o portão
estou sentindo o vazio,
eu to morrendo de frio
deitado na escuridão.

Apenas um último abraço
no rio das lágrimas que correm
todas minhas esperanças morrem
meu peito não é de aço.

De todas as tristes rimas,
minha dor sei que é pior,
nem uma lembrança me anima
aquela saudade é sempre maior.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Desabafo...

Minha vida quase todo o tempo é uma linha reta,
sempre às margens da alegria e da tristeza.

Pra ser sincero se eu me deixasse levar,
a tristeza me puxaria para a escuridão sem fim.

preciso sempre lutar para não perder a sanidade mental, e acredito que
não tenho me saído muito bem.

as portas para a loucura são tão convidativas,
muito mais do que as pequenas janelas da vida plena.

Fato é que mesmo com meu mundo desabando, algumas poucas coisas ainda
me proporcionam momentos de felicidade.

Porém eu estou quase desistindo mesmo de sentir alegria, pois me parece
que os poucos momentos de que sinto, custam-me muito caro.

Parece que após um pequeno período de êxtase, eu fico triste e
depressivo na mesma proporção.

Como se fosse errado tentar ficar bem, e houvesse um sinistro e macabro
credor, cobrando-me com a moeda "desespero".

Meu desespero é realmente perturbador. Como se realmente tudo fosse
maior que minhas forças. Me sinto fraco. Me sinto sozinho. Sozinho pois
as pessoas com quem penso poder contar somem. E algumas outras também
cobram um alto preço por qualquer ajuda.

Andar no meio das pessoas, e ao mesmo tempo estar tão longe delas,
parece ser como jogar xadrez.

Eu não quero mais jogar.

Coisas da Minha Vida Morta...

Eu sinto saudades, amor...
Você me fez assim.
Você me fez crescer,

E eu ainda precisava de você.

Eu ainda preciso de você.

Eu to chorando de saudades,
meu coração tá doendo,
porquê você não vai voltar.

Você nem me disse Adeus,
nem beijou meu rosto.

Dizem que está perto de Deus...
que ele tornou-te um de seus anjos.

Mas você é MEU anjo, e não DELE.

eu deixei o frio entrar esta noite,
e agora ele não quer ir embora.
Minha alma está tão fria,
que faz doer todo meu corpo.

Eu não preciso rimar,
pra dizer o que sinto,
porquê você me entenderia
se pudesse ler minhas palavras.

porquê você cantou pra eu dormir...
eu devia ter gravado sua voz.

Porquê você me segurou pra não cair...
não me deixou nunca desistir.

Você ainda vai ouvir a minha voz,
porquê eu vou gritar bem alto...

como dói,

eu sinto saudades, amor.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Em um mundo perfeito...


Em um mundo perfeito,
Eu poderia chorar, sem parecer fraco ou covarde.
Em um mundo perfeito,
Eu poderia sorrir,
Sem ter medo de que as pessoas usem isso contra mim.

Em um mundo perfeito,
Eu não precisaria ser hipócrita.

Em um mundo perfeito,
As pessoas não iriam para longe de mim.
Meus amigos não me trairiam,
E eu também seria mais verdadeiro.

Em um mundo perfeito,
Eu não precisaria lutar para não ser escravo,
Pois eu já teria nascido livre.

Eu seria forte como um Titã,
E nada me derrubaria.

Eu seria tão forte, mas não precisaria usar minha força,
Pois não haveria tantas dores.

Em um mundo perfeito,
Eu não seria tão triste
E deus me ouviria ao menos às vezes.

Eu poderia ser um pastor e não um guerreiro,
Usar o cajado e não a espada.

Em um mundo perfeito,
Eu poderia sentir,
Sem que todas minhas emoções me consumissem a vida.

Em um mundo perfeito eu poderia voar,
E não haveria fronteiras.

As pessoas não seriam iguais,
Mas suas diferenças seriam respeitadas de forma absoluta.

Em um mundo perfeito,
Eu poderia escrever e fazer música todo o tempo.
Poderia alimentar minha alma de energia e não esgotá-la em coisas fúteis.

No Meu mundo perfeito,
Eu seria poeta em tempo integral,
E eu viveria para sempre, na lembrança de todos,
Imortal...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quando eu Puder Voar

♪ ♬
Música em andamento...

eu queria sair daqui,
sair dessa escuridão

mas não enxergo a luz,
nem tenho nenhuma vela
o sol não aparece mais

eu sempre ouço vozes,
me dizendo pra lutar
mas não tenho forças

eu sinto muitas mãos
mas elas desaparecem
quanto eu tento tocá-las

eu já fui alegre um dia
as sombras passavam longe
isso foi há muito tempo

eu quero voar novamente
e minhas asas estão quebradas
não sei se ainda há tempo

eu quero voar novamente
da aurora do leste,
até o oeste poente...

mas mal consigo andar

se quiser me prender
não tente me ajudar

pois quando puder voar novamente,
não colocarei meus pés no chão outra vez

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O Teatro das Coisas - Canto I

Não é aquilo que eu preciso escutar,
é sobre o que minha alma precisa ouvir

Não é receio por não conseguir amar,
trata-se do medo de vê-la partir

Eu sempre penso que preciso cantar,
mas no momento só consigo sentir

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ensaio das Coisas que não Entendo...


Do castanho dos teus olhos,
ao gosto da tua boca,
me perco em mistério.

Do cheiro do teu corpo,
ao calor do tua pele,
me encontro em teu colo.

O teu jeito, teu rosto,
teu riso tão bem me faz.
Até ouvir sua voz de anjo,
me traz uma estranha paz.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Relógio


Meu maior inimigo tu és...
Com seu tic tac incessante,
mas não cairei aos teus pés.

Lutarei contigo até o fim,
pode trazer a mim, a velhice.
Não vou viver em função de ti

Mas aproveitarei cada segundo.
Não olharei os seus ponteiros,
Tu não controlarás meu mundo

Sempre profanarei seu nome,
mesmo que aos poucos,
eis que a minha vida tome.

Não entrarás em casa minha...
Não me acordaras nas manhãs...
Não serás minha agonia.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Doce Infância


Doce infância que se foi...
Uma vida diferente...
Com os olhos inocentes,

Quando tudo era colorido...
Castelos de areia e brinquedos pela casa...
Sorrir e brincar, esperar pelo natal...

Doce infância que se foi...
Que se perdeu na maldade do mundo
Doce tempo que não volta...

Quando tudo era novo...
E podia-se andar descalço...
Correr e sujar a roupa...

Toda amizade se reconquistava com um jogo de bola...
O maior dos problemas era ir à escola...
A dor era facilmente esquecida...

Quando se podia abraçar as pessoas,
E não parecer ridículo ou hipócrita...
Quando tudo era verdadeiro.

Hugo Roberto Bher

segunda-feira, 29 de março de 2010

Céu Cinzento


♪ ♬

eu vejo a chuva caindo num dia cinzento
e tudo parece ser tão triste nesse lugar
sinto como se eu estivesse no chão...
e o mundo inteiro estivesse me esmagando.

eu lembro do que fazíamos em dias como este,
nada afetava a alegria de estarmos juntos...
nada abalava nossa barreira quase intransponível...
nos abraçávamos e ouvíamos nossas músicas

nós éramos tão fortes juntos...
não me preparei para perder você...
nunca pensei que fosse possível me deixar
não me ensinaste a ser forte sem tua presença

eu era tão convicto sobre as verdades da vida...
pensava que tinha todas as respostas que precisava,
hoje vejo que eu era tão ingênuo...
eu apenas devia ter passado mais tempo contigo

Hoje eu não sei se pode me ouvir,
mas penso em você todos os dias...
Hoje eu não sei se pode me ouvir,
Talvez você esteja melhor sem mim
mas eu não estou melhor longe de você..

será que você sente a dor que eu sinto
em saber que nunca mais iremos nos ver?
será que você sente a dor que eu sinto,
em não poder mais te mostrar minhas músicas?

eu apenas devia ter passado mais tempo contigo
assim eu teria mais lembranças para estes dias cinzento

Hugo Roberto Bher.

terça-feira, 23 de março de 2010

Senhor Escritor...

Senhor Escritor,

Alguma coisa eu queria dizer,
queria contar sobre meu pavor,
Mas à sua maneira não sei fazer.
Então eu peço-lhe um favor...

Senhor Escritor,

Se preciso retribuo a presteza
apenas preciso pedir a alguém
porém eu ainda não sei a quem
que faça-me bem ou me cause tristeza

Senhor Escritor,

o que não suporto são as nuances,
entre a solidão e os romances.
Eu preciso sentir os extremos,
o que não posso é andar a esmo.

Senhor Escritor,

Se estou alegre posso ver as cores
Se fico triste tudo vira cinza,
se nada sinto fico ranzinza
Mas me sinto vivo se sinto dores.

Senhor Escritor,

Talvez tu podes me ensinar,
a escrever sobre dois sentimentos,
cujo limiar os fazem quase apenas um...

Senhor Escritor,
Eu falo da DOR e do AMOR.

C. Camargo

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sem Sentido!














Me pergunto a cada dia,

O que faço neste lugar,
Quanto tempo preciso ficar?
Antes eu ainda sentia...

Agora só existe o vazio.
Arranque meu coração, te peço
Eu não aguento mais, confesso
Por que aqui faz tão frio?

Ninguém ouve minhas súplicas
será pensam que estou mentindo?
por acaso me vêem sorrindo?
Não sinto mais a música,

que eu sentia quando te via,
Eu nem te vejo mais
tu levaste minha paz,
novamente a estrada fria.

A solidão sempre me arrasta,
Para um lugar tão sombrio,
Longe do teu colo macio...
e a esperança, de mim se afasta.

Não importa o que falem
So vejo lógica em tudo que é abstrato,
nos poemas, na música e no seu retrato
se não for pra ajudar, peço que parem.


Não me deixem sozinho...
Não sei achar o caminho!
Ainda tenho esperança
de sentir esperanca...

Hugo Roberto Bher

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Nem tudo é possível!!

Há muito tempo mentem pra mim!!

Me dizem que nada é impossível...

Mas hoje EU sei...
Nem tudo é possível.


Nem tudo é possível,
porque não posso mais te beijar...

Nem tudo é possível,
porque não pegarei mais sua mão...

Nem tudo é possível,
porque não mais poderei chorar no seu colo...

Nem tudo é possível,
porque não posso mais te ver quando chego em casa...

Nem tudo é possível,
porque você não fala mais comigo,
nem nos meus sonhos...

Nem tudo é possível,
porque não posso mais te tocar...

Nem tudo é possível,
porque você nunca mais lerá o que te escrevo...

Nem tudo é possível,
porque você não me ouve...

Nem tudo é possível,
porque não posso mais ouvir suas músicas...

Nem tudo é possível,
porque não posso mais sentir,
você levou meu coração...

Nem tudo é possível,
porque não posso mais chorar,
as lágrimas secaram...

Nem tudo é possível,
porque não posso deixar de te amar...

Hugo Roberto Bher

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Só você pode!

Chame o seu Senhor, e diga pra ele que está perdido...
que não consegue mais sentir o vento...
nem ouvir a natureza cantar...
diga-lhe que tem medo...
diga-lhe que suas pernas já reclamam do peso...
diga a ele, que não consegue mais ouvir a correnteza do rio...
nem sentir o cheiro da brisa antes da chuva...
e nem o perfume das flores...
pergunte a ele, porque foi que tudo isso aconteceu...
mas,
se ele não responder...é porque está distraído em seu paraíso...
aí, precisará encontrar respostas, para não ser levado pela dor...


feche os olhos e olhe para vc mesmo...
procure a verdade...mentiras não Vão ajudar...
olhe para o mundo, com seus próprios olhos...
enfrente seus medos, e entenda suas falhas...
encontre suas qualidades...e melhore-as...

melhore o que és, e não trabalhe tanto, em função daquilo que quer ser...
seja o que és, da melhor forma possível...
e nessa dinâmica, procure se encaixar...
sinta qual é seu caminho...assim não mais se perderá nos seus passos...
seja seu próprio acusador, e seu juiz...
os inimigos são aqueles que querem te fazer sentir-se menor...
olhe-os de cima...
escreva sua história...não deixe-a ser escrita por outrem...
seja o capitão do seu destino...o escritor de sua epopéia...
descreva sua moda, faça do seu jeito...
seja imitado, e não a sombra de alguém...
ninguém serás você, melhor que vc mesmo...
e o melhor que você poderá ser, será sempre você...


Hugo Roberto Bher.