segunda-feira, 26 de abril de 2010

O Teatro das Coisas - Canto I

Não é aquilo que eu preciso escutar,
é sobre o que minha alma precisa ouvir

Não é receio por não conseguir amar,
trata-se do medo de vê-la partir

Eu sempre penso que preciso cantar,
mas no momento só consigo sentir

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ensaio das Coisas que não Entendo...


Do castanho dos teus olhos,
ao gosto da tua boca,
me perco em mistério.

Do cheiro do teu corpo,
ao calor do tua pele,
me encontro em teu colo.

O teu jeito, teu rosto,
teu riso tão bem me faz.
Até ouvir sua voz de anjo,
me traz uma estranha paz.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Relógio


Meu maior inimigo tu és...
Com seu tic tac incessante,
mas não cairei aos teus pés.

Lutarei contigo até o fim,
pode trazer a mim, a velhice.
Não vou viver em função de ti

Mas aproveitarei cada segundo.
Não olharei os seus ponteiros,
Tu não controlarás meu mundo

Sempre profanarei seu nome,
mesmo que aos poucos,
eis que a minha vida tome.

Não entrarás em casa minha...
Não me acordaras nas manhãs...
Não serás minha agonia.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Doce Infância


Doce infância que se foi...
Uma vida diferente...
Com os olhos inocentes,

Quando tudo era colorido...
Castelos de areia e brinquedos pela casa...
Sorrir e brincar, esperar pelo natal...

Doce infância que se foi...
Que se perdeu na maldade do mundo
Doce tempo que não volta...

Quando tudo era novo...
E podia-se andar descalço...
Correr e sujar a roupa...

Toda amizade se reconquistava com um jogo de bola...
O maior dos problemas era ir à escola...
A dor era facilmente esquecida...

Quando se podia abraçar as pessoas,
E não parecer ridículo ou hipócrita...
Quando tudo era verdadeiro.

Hugo Roberto Bher