terça-feira, 14 de julho de 2009

Cego...

Quanto tempo sem entender
Enquanto andava perdido
A um mundo de ilusões fui submetido
Só eu parecia não perceber

Quando se impunham as decepções
Eu vivia apenas no meu mundo
Assim àquele poço, ia eu mais fundo
Viciando-me com minhas razões

Por muito, andei sim, cego
Nem percebi que assim afastava
tu que sempre, apenas me amava
nessas horas, facilmente me apego

às lembranças daquele tempo
que sentia sempre sua presença
dor e saudades, são minha sentença?
não quero perder-me, no tormento,

de não saber por onde caminhar...
sem sua força, sem sua mão...
as pedras mais pesadas serão
sem esperança, vou fraquejar...

Nesse raro momento de sanidade,
peço-te, que guie-me sempre
mesmo com minha alma assim doente
mesmo não merecendo, sem dignidade

deixe-me longe da minha própria maldade...
não desistas...como eu já quase desisti
salva-me de mim...

Hugo Roberto Bher

5 comentários:

  1. Que bonito, Hugo!

    Sempre escreves com a alma e o coração...

    É sempre bom vir aqui para conferir!

    Beijo!!

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  2. Nossa, amigo...
    Um texto tão lindo e profundo...
    E é verdade quando dizem que o pior cego é aquele que não quer ver.

    Linda escolha para o post!

    Ah! Feliz dia do amigo!!!

    Beijão

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  3. deixe-me longe da minha própria maldade...
    não desistas...como eu já quase desisti
    salva-me de mim...

    Puxa.....nem consgo expremir em palavras o quão profundo eu achei...

    Quando precisares de mim, sabe aonde me encontrar..

    (L)

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  4. "Quando se impunham as decepções
    Eu vivia apenas no meu mundo
    Assim àquele poço, ia eu mais fundo
    Viciando-me com minhas razões"

    Como você descobriu que eu faço isso? Somos humanos? Somos estranhos? Somos ....
    Não sei, mas o que importa é que eu tbm !!

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