sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Poeta que Não Ama

Das coisas de amor nada sei.
Só entendo daquilo que dói,
pois o amor é nobre, pensei,
e tudo que sinto me destrói.

Imaginei ter amado um dia,
quando vivia nos braços teus;
Em que sempre teus olhos via,
refletindo paz nos olhos meus.

Deixou-me sem dizer Adeus.
Mas não permito-me chorar.
As lágrimas que não podem rolar,
gritam silenciosas no breu.

E assim dentro do meu peito,
como ácido queimam e corroem;
é assim que as dores me constroem,
criando o desumano perfeito.

Do amor, tenho as lembranças.
A saudade é minha dança.
Nostalgia se faz meu manto.
Lágrimas não choro, porquanto,
é de sangue o meu pranto.

Sou poeta que não ama,
Sou do tamanho do vazio.
Mais gelado que o frio,
"maquiavélico" febril...
sou o verso que não clama.


Hugo Roberto Bher

3 comentários:

  1. Hugo.. Que lindo... Até me emocionei.
    Um verdadeiro poeta..
    Vc é quem deveria tá fazendo letras literatura, não eu! hahaha...

    BeijO
    Gabi

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  2. Quando pego na memória, todas as lembranças de você, tento focar nas rarissimas vezes que te vi sorrindo. rs'
    Mas também lembro da tristeza meio escondida as vezes, e aqui de longe, torço pra que se os momentos triste não podem ir embora, que pelo menos virem poemas tão lindos quanto esse!

    Sempre terá alguém aqui pra lê-los.

    E sim, eu sinto saudade, mesmo sabendo que não é recíproca! haha'

    Beijo grandee!

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